segunda-feira, 17 de março de 2008

"O SORRISO DE MONALISA"


O filme mostra a história de uma professora de História da Arte, mulher inteligente, de tendência progressista com idéias inovadoras e transgressoras. É contratada por uma renomada e tradicional escola de Ensino Médio, que retrata os anseios da sociedade conservadora, machista e capitalista da época (década de 50), período de modernização dos costumes e também de reação conservadora.

No contexto, a história se desenrola diante do choque de metodologias e ideologias completamente diferentes. A sala de aula formada só por mulheres de classe média alta, que recebe o conhecimento por meio do método tradicional, tendo como base a capacidade de decorar conteúdos.
As moças são preparadas para serem donas de casa prendadas, submissas aos maridos; era-lhes imposta a idéia de que não conseguiam conciliar os estudos ou profissão com o casamento. A educadora consegue fazer com que o conhecimento aconteça de forma diferente, faz com que suas alunas usem o senso crítico, o pensamento. Buscando informações que não continham na apostila, questionando os valores da sociedade da época, estimulando as alunas a verem a realidade de outra forma, com outras possibilidades. Acontece momento de troca de aprendizagem, em que a educadora tem a oportunidade de enxergar seus erros diante do comportamento de uma de suas alunas, quando prefere o casamento a ir para a universidade. Contrariando assim o desejo da mestra.


Comentário:
É o tipo de filme que todo educador deve assistir, para refletir sobre a importância da postura do professor dentro de uma sala de aula, da responsabilidade de despertar o conhecimento em cada educando, do romper com o método das tradições de uma instituição. Enfim, de ser um mestre diante dos anseios de toda uma sociedade estruturada em vários contextos histórico, econômico e cultural. E acima de tudo o cuidado, o respeito e zelo pelo "ser aprendente".
O filme nos desperta que é possível acreditar em outras realidades. As mudanças acontecem, basta tentarmos, eis o desafio, podem demorar uma eternidade, mas ocorrerão.

1 Comentários:

Blogger vd disse...

Realmente é um filme belíssimo. Muitos críticos fazem comparação com "A Sociedade dos poetas mortos" de Peter Weir.
Interessante para discutir com os jovens o papel da mulher, a questão do casamento e especialmente para navegar pela história da arte.

Vanessa Miranda

1 de abril de 2008 às 17:11  

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